Tem certas coisas que são incompreensíveis pra mim, uma coisa que eu não consigo compreender, não registra no meu cérebro é a morte de uma criança. Crianças não deveriam morrer, a vida deveria fazer uma seleção, só devia morrer cedo pessoas com carácter comprometido, pessoas que não acrescentam em nada a humanidade, tanta gente ruim no mundo, gente perversa, acordam só pra fazer maldades, gente sangue ruim mesmo que não respeita, suas mulheres, suas próprias crianças, nem a própria mãe e ficam por ai infernizando a vida dos outros.
Fernandinho, guerreiro menino que lutou pela vida assim que nasceu, teve um problema de traqueostomia e lutou como um bravo, morou no hospital desde que nasceu até os três anos e meio de idade, quando finalmente foi entregue aos pais, igualmente guerreiros, minha prima Marcia e seu marido Roberto, eles tem uma filhinha linda também chamada Ana Cecilia.
O menino lindo de traços delicado, cabelos longos e cacheados, viveu apenas até os cinco aninhos de idade, fez uma cirurgia para tapar o buraquinho do pescoço, e na madrugada do dia seguinte, depois de ter brincado, pulado e se divertido o dia inteirinho, acabou passando mau e acabou falecendo nos braços de sua mãe... isso na madrugada de domingo, sim dia dos pais.
O que falar diante de uma situação como essa? Por que acontece tais coisas? Por que tanta crueldade com gente de bem? Todos temos defeitos, mas tem pessoas que a crueldade é evidente, é nítida e clara a quem quiser ver, e até pra quem não quer ver também, pois a maldade de algumas pessoas obriga a gente engolir goela abaixo a gente querendo ou não, e com essas pessoas isso não acontece...
Estou muito triste, aliás estou em pedaços, sinceramente essas coisas desiludem a gente, deixa a vida em preto e branco, mais preto do que branco... nem isso a vida fica cinza, é como eu vejo ela hoje, a vida é cinza.
Coração quebrado